Toxoplasmose IgG – Cão e gato (Imunofluorescência)

Toxoplasmose IgG – Cão e gato (Imunofluorescência)

Comentários

O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, tem o gato como hospedeiro definitvo e o homem e outros animais como hospedeiros intermediários. Os aimentos vegetais contaminados com oocistos e os de origem animal, principalmente produtos suínos e ovinos com cistos, são os maiores responsáveis pela infecção humana e no cão. Além destes alimentos estão envolvidos ainda o solo contaminado e roedores infectados, ingeridos parcial ou totalmente, como consequência do hábito de carnivorismo exercido por estes animais. Esta doença pode provocar graves lesões sistêmicas, variando de sinais neurológicos, ósteo-musculares, respiratórios a oculares, dentre outros. O apoio dos testes sorológicos baseados na identificação de anticorpos possibilita o rastreamento da infecção e seu devido tratamento.

A sorologia para T.gondii, em cães e gatos, é tradicionalmente o método mais utilizado para confirmação diagnóstica, sendo na maioria das vezes baseado na identificação de IgG. A soroconversão ocorre após duas a quatro semanas da infecção, com um pico que ocorre nas quatro a seis semanas posteriores. Os títulos semantêm com níveis altos, durante meses a anos. Para detectar uma infecção recente é necessário verificar um aumento contínuo por um período de duas a quatro semanas. Muitas vezes os sinais clínicos podem se apresentar previamente a soroconversão. A sorologia para a pesquisa de IgG, é difícil de se interpretar e muitas vezes um só título poderá ser insuficiente.

De uma forma prática, os resultados dos exames sorológicos, em cães e gatos, devem ser interpretados da seguinte maneira:

  • Os títulos de anticorpos iguais ou maiores que 1:512 geralmente indicam uma infecção ativa recente;

  • Título de 1:128 a 1:256 geralmente indicam uma infecção recente, porém bloqueada;

  • Títulos de 1:32 a 1:64 em geral indicam infecções anteriores e inativas;

  • Títulos iguais ou inferiores a 1:16 ou 1:32 podem ser encontrados no início do curso da moléstia aguda, porque os títulos podem não se tornar detectáveis por quatro a seis semanas após a infecção inicial ou uma a duas semanas após o surgimento dos sintomas clínicos;

  • A obtenção de título baixo em cães ou gatos, com sintomas clínicos sugestivos de toxoplasmose, não deve ser considerada resultado negativo até que estejam disponíveis os resultados de uma segunda amostra de soro coletada e examinada duas a quatro semanas mais tarde, o que se denomina de sorologia pareada, com obtenção de amostra no período agudo da doença e outra na convalescença. A demonstração de ascensão de quatro vezes ou superior no título dos anticorpos, entre a primeira e a segunda amostra, confirma uma infecção ativa atual.

Deve se recordar que a eliminação de oocistos e a soroconversão ocorrem também em gatos assintomáticos. Portanto, as provas podem indicar uma recente infecção, mas não provê um diagnóstico definitivo de toxoplasmose clínica. Os anticorpos não estão diretamente correlacionados com a Toxoplasmose clínica. Não existe nenhum teste sorológico disponível atualmente que acuradamente prevê quando um gato soropositivo libera um oocisto.

Método

Imunofluorescência indireta.

 Condição

  • 0,5 ml de soro.

Conservação para envio

  • Até 5 dias entre 2 e 8°C.

  • Até 6 meses após congelar a temperatura inferior a -4°C.

Porte do Animal: 
Exames Relacionados: