Pesquisa de fungo (Micológico Direto)

Pesquisa de fungo (Micológico Direto)

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Utilizado no diagnóstico rápido de infecções fúngicas em diversos materiais clínicos. A dermatofitose é uma infecção de tecidos ceratinizados por fungos dos gêneros Epidermophynton, Microsporum e Tricophyton. A dermatofitose é diagnosticada por cultura fúngica, exame com lâmpada de Wood e exame microscópico direto dos pelos ou das escamas cutâneas. O exame microscópico direto dos pelos ou dos raspados cutâneos pode permitir um diagnóstico precoce pela demonstração das hifas ou dos artrósporos característicos na amostra. Devem-se examinar os pelos e os raspados provenientes da periferia das lesões.

Método

Microscopia.

Condição

Descamação de lesões de pele, pelos e unhas. Não usar antimicóticos por pelo menos 10 dias antes da coleta.

Procedimento para uma boa prática na coleta

  • Preferencialmente não estar em uso de medicamentos tópicos por no mínimo duas semanas, evitando desta forma resultado falso-negativo.

  • Deve-se fazer uma boa assepsia no pelo do animal utilizando álcool devido à presença de micro-organismos saprófitas que podem interferir no resultado do exame.

  • Para colheita de material de pele, em animais de pelos longos, realizar em tricotomia parcial, deixando os pelos com no máximo 0,5 a 1,0 cm de comprimento.

  • O raspado deve ser profundo e das bordas de lesões quando estas forem descamativas. Quando a suspeita é de sarna demodécica, deve-se comprimir fortemente a pele com os dedos porque esta sarna se localiza profundamente na pele. No caso de micose, arrancar pelos junto com o raspado.

  • A coleta do material deve ser feita nas áreas mais extensas das lesões. Escamas, fragmentos de unhas, pelos, cabelos opacos, quebradiços e curtos ou de aspectos de pontos negros.

  • Raspar em diversos locais do corpo em que houver lesões. A amostra enviada deve ser representativa da lesão, pois pouco material dificulta o exame e pode acarretar em resultado falso-negativo.

  • Utilizar preferencialmente lâmina de bisturi e evitar o uso da tesoura por não ser o instrumento próprio para o raspado de pele.

  • Os materiais obtidos podem ser colocados em placa de Petri estéril, frasco estéril e identificados separadamente para cada sítio a ser investigado.

  • Enviar em frascos ou placas de vidro bem vedados.

  • Evitar enviar somente pelo; é necessária a presença de células de descamação.

     

    Conservação para envio

    O material deve ser enviado em temperatura ambiente. Não enviar amostras em tubos tapados com rolhas de algodão, pois o algodão pode reter o material. O ideal é enviar a amostra em frasco de coleta, evitando a perda de material que costuma ocorrer quando o mesmo é enviado entre lâminas de microscopia.

    Obs.: importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.

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