Hemoparasitas – Pesquisa

Hemoparasitas – Pesquisa

RICKETSIAS

  • Mycoplasma e Haemobartonella: agentes causadores da hemobartonelose feline (M.haemofelis) e canina (H.canis). O método mais eficiente para identificar o parasito é a coloração do esfregaço sanguíneo. O maior problema na detecçãoda M. haemofelis é a sua parasitemia cíclica. Por isso os esfregaços sanguíneos devem ser examinados em dias consecutivos entre pelo menos 10 a 14 dias. A M. haemofelis é removida dos eritrócitos por agentes quelantes, como o EDTA. Assim, em amostras de sangue armazenadas com EDTA, o número de eritrócitos com M.haemofelis decresce com tempo. Desta forma os esfregaços devem ser feitos sobre sangue fresco.

  • Anaplasma: aparecem como pequenos pontos escuros no citoplasma do eritrócito, sendo que o A.marginale possui sempre localização periférica e é mais numeroso e o A.centrale  é de localização central.

  • Ehrlichia: a infecção por Ehrlichia canis frequentemente causa um diagnóstico polêmico, porque os sinais clínicos são inespecíficos. Na fase aguda, observa-se febre, secreção óculo-nasal, anorexia, depressão, perda de peso, cianose, estertores pulmonares, petéquias etc. Os sinais clínicos desaparecem, na maioria dos casos sem tratamento, dentro de uma a quatro semanas, porém o hospedeiro permanece com a infecção subclínica. Na hematologia, observa-se uma anemia moderada, trombocitopenia com aumento do número de plaquetas imaturas circulantes e variações na contagem de leucócitos. As alterações bioquímicas na fase aguda são caracterizadas por hiperproteinemia (33%), hiperglobulinemia (39%), hioialbuminemia (43%), ALT (43%), ALP (31%) e hiperbilirrubinemia. Proteinúria e hematúria podem ser detectadoas em cães com ou sem azotemia na fase crônica. A identificação da mórula de Ehrlichia canis no esfregaço sanguíneo corado é demorada e não tem resultado satisfatório, já que as mórulas são encontradas esporadicamente e em pequeno número. A chance de se identificar um leucócito infectado pode ser aumentada pelo exame feito sobre a fina camada de papa de leucócitos ou pelo esfregaço feito do sangue periférico da ponta da orelha ou cauda.

  • Babesia (Piroplasma) : o método mais usual para confirmar a suspeita de uma babesiose aguda é a detecção de eritrócitos infectados em todo o esfregaço sanguíneo, mas a percentagem de células infectadas pode ser bastante variável. São vistos no interior dos eritrócitos como gotas únicas ou duplas, unidas pelo vértice (em equinos podem aparecer em número de quatro no mesmo eritrócito). O esfregaço sanguíneo fixado na coloração de May Grunwald-Giemsa é um método simples e barato e tem alta especificidade, no entanto estudos de infecções experimentais tem mostrado que a parasitemia não é constante e baixo números de eritrócitos infectados podem requerer uma avaliação micoscópica extensa. Esfregaços obtidos do sangue capilar (ponta da orekha e ponta da cauda) tem uma maior percentagem de células infectadas, mas uma amostra recente e boas técnicas de esfregaço não são sempre possíveis em um procedimento clínico.

Método

            Microscopia direta – Coloração May Grunwald-Giemsa

 Condição

  • Esfregaço sanguíneo de sangue periférico (ponta de orelha ou ponta da cauda do animal) e/ou sangue total em EDTA

  • Identificar as lâminas do esfregaço com o nome do paciente

Conservação para envio

  • Sangue total em EDTA até 48 horas entre 2 e 8° C.

  • Esfregaço sanguíneo sem corar até 7 dias em temperatura ambiente.

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